Lei de Moro prevê “facilitadores” e vai ajudar segurança de MS, diz secretário

As medidas propostas pelo ministro Sérgio Moro (Justiça) dentro do Projeto de Lei Anticrime vão atender aos anseios dos Estados, já que vão conceder aos policiais “facilitadores” para a geração de segurança pública, em especial para a região de fronteira e, por consequência, Mato Grosso do Sul.

 

A avaliação é do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, que na manhã desta segunda-feira (4) se reuniu com Moro, secretários estaduais e governadores para discutir o conjunto de propostas que, de forma objetiva, não trata diretamente da liberação de recursos, mas sim de ajustes para dar mais autonomia ao trabalho de polícias, perícias e demais órgãos do setor.

O projeto de Moro, na verdade, é um conjunto de propostas que, se aprovado, vai alterar leis já existentes, incluindo os Códigos Penal e do Processo Civil, a Lei de Execução Penal, a Lei de Crimes Hediondos e até o Código Eleitoral, visando a coibir a corrupção, crimes violentos e a atividade do crime organizado, que atingem todo o país e envolvem, muitas vezes, atuação conjuntas de outras áreas da administração.

“São alterações em 14 leis que permitem facilitadores para a gestão da segurança pública como um todo, mas que também endurecem o cumprimento de penas para determinados tipos de crimes, como os hediondos, e ajuda em alterações no Código Penal”, disse Videira ao Campo Grande News.

 
Para Videira, mudanças trazem facilitadores para a atividade de Segurança Pública. (Foto: Arquivo)Para Videira, mudanças trazem facilitadores para a atividade de Segurança Pública. (Foto: Arquivo)

Entre as mudanças, estão medidas que darão mais autonomia para que as polícias usem de força letal no combate ao crime, “por meio da alteração do Código Penal no que prevê a legítima defesa (do policial)”, explicou o secretário, reiterando que outras ferramentas serão postas á disposição.

Março – O projeto foi entregue aos participantes da reunião da manhã e deve receber sugestões antes de seguir para o Congresso Nacional, onde também passará por discussões. “Os secretários e governadores pediram prazo de alguns dias para analisar e encaminhar sugestões”, disse Videira. O Colégio de Secretários Estaduais de Justiça e Segurança se reúne entre os dias 19 e 20 deste mês para apresentar tais demandas.

“Quero crer que até o início de março esteja pronto para começar a tramitar”, declarou.

Dentre as mudanças, Videira afirma que algumas são “bastante genéricas e contemplam Mato Grosso do Sul em sua aplicação nacional”. Durante a análise, ele espera “esmiuçar” a proposta para identificar pontos como a destinação de recursos do Susp (Sistema Único de Segurança Pública).

Legislação trará medidas que darão maior liberdade para atuação dos órgãos de segurança. (Foto: Arquivo)Legislação trará medidas que darão maior liberdade para atuação dos órgãos de segurança. (Foto: Arquivo)

Ele elogiou a possibilidade de decretação do perdimento de bens de presos do tráfico de drogas e de envolvimento com o crime organizado, inclusive quando apreendidos em ações contra outros crimes; bem como regras que inibem a progressão de regime para integrantes de organizações criminosas, “o que desestimula o ingresso e dificulta a cooptação (por quadrilhas) de novos membros”.

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