Satélites mostram 57 áreas desmatadas e multas ultrapassam 6 milhões em MS

Fiscalizações de desmatamento foram feitas pela PMA, Ibama e Imasul (Foto: Divulgação)

Em Mato Grosso do Sul, ao menos 57 áreas com vegetação nativa da Mata Atlântica foram desmatadas nos últimos quatro anos. Os locais foram descobertos por imagens de satélite e os fazendeiros responsáveis multados em mais de R$ 6 milhões. Estas ações de fiscalização e multa são resultado de uma operação coordenada pelo MPE (Ministério Público Estadual), Polícia Militar Ambiental, Ibama e Imasul.

 

Os resultados da “Operação Mata Atlântica em Pé” foram divulgados nesta sexta-feira (20) e apontam que, em todos os municípios do Estado onde ocorreu a operação foram identificados 1.015,63 hectares de área desmatada ilegalmente. Na operação, 62 propriedades foram vistoriadas e 58 autos de infração lavrados. O total de multas aplicadas foi de R$ 6.106.990,00.


Agentes da PMA levantaram 57 alvos (áreas desmatadas de Mata Atlântica), totalizando cerca de 874,82 hectares de área. Eles expediram 42 autos de infração em 16 municípios.


Outras fiscalizações em seis municípios foram feitas pelos servidores do Ibama que expediu 18 autos de infração, embargou 140,8125 hectares de área e apreendeu 189 toras (aproximadamente 200 m³) de madeira, aplicando mais R$ 737.875,00 em multas.


Com base nas informações dos satélites,o MPE, por meio do Núcleo de Geotecnologias (Nugeo), cruza as informações das licenças de desmatamento com as informações das propriedades, gerando laudos que são enviados para a PMA, Ibama e Imasul, que vão a campo fiscalizar.


Os infratores terão de apresentar um Prada (Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada) junto ao órgão ambiental estadual e poderão responder por crime ambiental, que prevê pena de 1 a 3 anos de detenção, para as áreas desmatadas em Mata Atlântica.


A Operação contou com 18 equipes, sendo 15 da PMA e 3 do Ibama.


Em MS a ação foi coordenada pelo MPE, por meio do Promotor de Justiça do Núcleo Ambiental Luciano Furtado Loubet, e contou com o apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), da Polícia Militar Ambiental e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

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