Mulheres realçam o olhar por uso de máscaras e busca por designers aumenta 50%.

Por Graziela Rezende, G1 MS

Há alguns meses, desde que o uso de máscaras se tornou obrigatório em Campo Grande e outras cidades brasileiras, os lábios e parte do rosto ficaram escondidos, deixando somente o destaque para os olhos. Com isso, as mulheres procuraram procedimentos para realçar sobrancelhas e, segundo as designers, houve aumento significativo no número de clientes.

A designer de sobrancelhas e fisioterapeuta Maria Ribeiro, de 38 anos, trabalha no ramo há 9 anos. Deste período, seis ela fazia o realce do olhar apenas com a henna. Já nos últimos três anos, realizou cursos e passou também a fazer a micropigmentação. Nós últimos três meses, atendendo em casa, no bairro Maria Aparecida Pedrossian, constatou o aumento de 50% nos atendimentos.

“No começo as pessoas estavam com muito medo, mas, quando o uso de máscaras passou a ser obrigatório, a mulherada teve que deixar o batom de lado e até a maquiagem, então, elas investiram no que está aparecendo, que é a sobrancelha. Muitas chegavam já dizendo: vamos melhorar esse olhar, porque é a única coisa que está aparecendo, vamos deixar bonito, e assim por diante”, afirmou ao G1 Maria Ribeiro.

Com uma sala para atendimento em casa, ela diz que pretende agora fidelizar as novas clientes. “Eu quero fazer novos cursos, aprender novas técnicas, hoje são muitas. Quero investir mais nisso e, futuramente, também realçar os lábios. Mas, agora, meu foco é no que está em alta, a sobrancelha mesmo”, comentou.

No ramo há 3 anos, Diwlaina Gonçalves do Prado, de 25 anos, atende clientes no bairro Moreninhas, região sul da cidade, além de oferecer o serviço a domicílio e também dar cursos. A profissional ressalta que, justamente por conta do uso da máscara, as clientes a procuram, pedindo para terem o “olhar acentuado”.

“Eu tive muito mais procura justamente por conta da pandemia e pelo uso da máscara. As mulheres, em sua maioria, gostam muito de maquiagem, o que agora nem dá para perceber, então é o designer com a henna, por exemplo, que vai chamar a atenção”, comentou.

De uma média de 15 clientes por semana, ela diz que passou a atender 20, sendo que, esporadicamente, chega a ter 25 clientes. “Elas chegam comentando que querem mais destaque, querem o olhar acentuado e isso foi muito bom, aumentou o nosso trabalho. No início do próximo ano, já pretendo começar a construção do meu espaço próprio”, disse.

 

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