Financiando o PCC? Polícia frustrou assalto em MS de quadrilha que agia igual ao ataque em SC.

 

Ordenados e arquitetados por presos integrantes de facções criminosas, como PCC e CV, roubos e furtos a bancos em Mato Grosso do Sul, foram praticamente extintos no ano de 2020. O único registro este ano foi no mês de julho, em Nova Alvorada do Sul, a 120 quilômetros de Campo Grande, quando uma quadrilha rendeu o vigilante, tomou a arma e invadiu o prédio do . Outro caso foi frustrado graças a ação da polícia de investigação. No entanto, a cena de terror de assalto a banco se repetiu na noite desta segunda-feira (30) em Criciúma (SC) e tomou repercussão pelo Brasil.

Ao todo, 30 bandidos fortemente armados invadiram uma agência do Banco do Brasil na cidade catarinense, fizeram pessoas reféns e também as usaram como barreira nas ruas para impedir a aproximação da polícia. A quadrilha agiu pensando nos detalhes, colocando inclusive miguelitos nas ruas para dificultar a ação da polícia e dos bombeiros.

A ordem para roubo geralmente parte de dentro de presídios, por presos do PCC (Primeiro Comando da Capital). Quem vai ser o olheiro, quem vai comprar os equipamentos e quem vai executar o crime, está tudo estrategicamente arquitetado pelo grupo criminoso. A facção financia roubos milionários, como no registrado em dezembro do ano passado, quando investiram aproximadamente R$ 1 milhão para escavar um túnel e acessar a agência do Banco do Brasil, na Capital.

O grupo só não teve sucesso em concluir o roubo utilizando o túnel, por conta da ação do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), que faz um trabalho de inteligência e troca de informações entre os Estados. Desde então, os bandidos só conseguiram roubar uma agência de Nova Alvorada do Sul, em julho deste ano. Roubos em bancos de Cassilândia e Angélica em setembro deste ano também foram impedidos pelo Garras.

Bandidos aprenderam com ‘vídeo-aulas’

De acordo com dados, em 2015 foram registrados 16 ocorrências de furtos ou roubo a bancos. “Em 2015, começou uma onda de furtos a bancos, identificamos todos e prendemos Melrison, conhecido como professor”, explicou o delegado Fábio Peró.

No entanto, de dentro da cadeia, em 2018, Melrison da Silva passou a ensinar, por meio de vídeos, como abrir cofres e destravar alarmes. “Sempre falava que em Mato Grosso do Sul não tinha mão-de-obra de  de banco. Só em quem 2018, ele começou a difundir via WhatsApp como desligar alarmes e como cortar caixas de banco. Os caras foram aprendendo e então saltou para 33 ocorrências”, revelou o delegado.

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