Com couro de gado pantaneiro, empresária cria 1ª indústria de bolsas de MS
Empresária diz que quintal da chácara dela recebe visita diária de animais, além de pôr do sol que é único na região e serve de inspiração para a criação artísticas das peças.
Por Graziela Rezende, G1 MS
É no quintal da chácara em Rio Negro, na região norte do estado, que a designer e empresária Zanir Furtado, de 44 anos, tem inspirações: desde araras e seriemas que fazem a visita diária, além da beleza da flora, fauna e o pôr do sol que, segundo ela, possui uma beleza única na região. De lá, ela colocou em prática um sonho e gerou empregos com a 1ª indústria de bolsas de Mato Grosso do Sul.
“A natureza daqui me inspira o tempo todo. É só dar uma volta por aqui ou então receber a visita de animais no meu quintal que já penso na parte artística das bolsas. Que eu sabia somos a primeira marca a usar couro do gado pantaneiro inspirada e produzida no Pantanal”, afirmou ao G1 a empresária.
Ainda conforme Zanir, a intenção também é mostrar o potencial do município e também do couro. “Eu nasci em Rio Negro e estava morando há 10 anos em Brasília. Quando surgiu a ideia de diversificar os investimentos, comecei a falar sobre o potencial da minha cidade. O nosso couro é um dos melhores do mundo e então pensei em investir lá, dar empregos na região”, comentou.
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Empresária diz que Pantanal é inspiração para a criação das bolsas — Foto: Zanir Furtado/Arquivo Pessoal
Há oito meses, ela diz que não sai da cidade e acompanha passo a passo da produção. Até o momento, foram investidos cerca de R$ 1 milhão para a construção da fábrica, buscar por matéria prima, além da contratação e o treinamento da mão-de-obra.
“Nós estávamos longe de qualquer polo industrial, mas, nunca considerei isso um desafio e sim uma oportunidade. Houve o estudo de viabilidade, de negócio. A parte mais difícil foi da mão de obra. Mas, eu trouxe um casal do Rio Grande do Sul e atualmente estou com 15 funcionários, que já passaram por treinamento. A intenção é, a cada 6 ou 8 meses, dobrar essa mão de obra mantendo o padrão das bolsas de luxo”, explicou.
Além do couro bovino pantaneiro, Furtado fala que pretende expandir a produção com o couro de jacaré, avestruz e peixes. “Continuo me capacitando, agora em janeiro faz um ano de todo o investimento para começar a produzir e dar treinamento para equipe. São bolsas de luxo, algumas pessoas chamam de joia do Pantanal. Tem muito couro que sai daqui, vira bolsa de luxo no mundo todo e ninguém fala nada. Agora, temos um produto nosso, que não perde nada para bolsas feitas fora do país e é da nossa região”, falou.
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Bolsas são produzidas em indústria localizada em Rio Negro (MS) — Foto: Zanir Furtado/Arquivo Pessoal
Por enquanto, de acordo com a empresária, as bolsas estão sendo expostas em um show room na fábrica. “Eu priorizei aqui, porque vejo que muitas pessoas estão felizes trabalhando, todo dia é de encantamento e felicidade por aqui, então, estamos recebendo 5 pessoas por vez para conhecer o nosso processo e receber um brinde ao final. Isso neste primeiro momento, mas, também estamos nas redes sociais”, ressaltou.
Na capital sul-mato-grossense, a empresária diz que, em breve, terá um local para clientes, bem como uma representação em Brasília e Goiânia. “Vamos também colocar um número de WhatsApp. Estamos só dependendo de aumentar o processo de produção. Algumas peças são únicas, as que tinham já saíram quase tudo. As outras também são limitadas, é algo especial mesmo”, finalizou.
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Empresária diz que moradores de Rio Negro estão encantados com o novo produto — Foto: Zanir Furtado/Arquivo Pessoal