‘Não-carnaval’ 2021 no Rio: aglomerações, festas clandestinas e desrespeito às determinações sanitárias

Por G1 Rio

O carnaval foi Rio sofreu seu primeiro cancelamento em 2021, por causa da pandemia da Covid-19. Blocos de rua e desfiles não foram realizadas, mas a administração pública viveu dias de caça a festas clandestinas em vários pontos da cidade.

Enquanto isso, sambistas e foliões que não quiseram se arriscar mataram a saudade com lives e intervenções artísticas.

Na terça de carnaval o estado do Rio registrou o maior número de casos de Covid-19 em um só dia: 8.385. No total, o RJ tinha 31 mil 630 mortes, segundo a secretaria Estadual de Saúde.

Com o suspensão dos desfiles das escolas de samba e dos blocos de rua, o “não-carnaval” poderia ter sido o da conscientização e do respeito ao distanciamento social.

 

Mas, ao contrário, o que se viu nos quatro dias foram aglomerações e festas clandestinas em casas de show, na areia das praias, nos bares e no mar.

O Sambódromo vazio ganhou luzes com as cores das agremiações do carnaval carioca, uma homenagem aos mortos pela Covid na cidade.

A chave da cidade, que normalmente é entregue ao Rei Momo, foi recebida por profissionais de saúde.

Do Leblon, na Zona Sul, até a Favela da Maré, na Zona Norte, foram muitas as imagens das festas que desrespeitaram as orientações das autoridades. A fiscalização autuou, multou e fechou estabelecimentos.

Até a última atualização, eram 27 os estabelecimentos comerciais interditados por aglomerações entre sexta-feira (12) e terça-feira (16). No mesmo período foram 54 infrações por descumprimento de medidas de proteção.

Resumo dos principais acontecimentos no carnaval 2021 no RJ

Aglomerações

LEBLON – o bairro da Zona Sul pode ser considerado um dos pontos críticos nas aglomerações e festas. O Leblon, a Lapa, no Centro da cidade, e a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, registraram o maior número de infrações cometidas, segundo levantamento da Prefeitura nesta terça-feira (16).

No balanço oficial, dois guardas municipais ficaram feridos após serem atingidos por garrafas de vidro em uma ação no Leblon. Uma pessoa foi detida por desacato.

Aglomeração no Leblon, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Aglomeração no Leblon, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

O bairro, conhecido pela sofisticação e alto poder aquisitivo, atraiu turistas e cariocas nos festejos de carnaval mesmo na pandemia. Ali, poucos seguiram as regras do distanciamento.

Um outro modelo de festa clandestina deu trabalho para a fiscalização. Até esta terça, 63 embarcações foram impedidas de zarpar para fazer festas no mar.

O secretário de Ordem Pública do Rio, Brenno Carnevalle, fez um levantamento com a Capitania dos Portos sobre os eventos clandestinos em embarcações.

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