‘Frustrado com a informação’, diz secretário sobre não receber mais 93 mil doses em MS na próxima semana

Por Graziela Rezende, G1 MS

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou nesta sexta-feira (19) que o não recebimento das 93 mil doses da vacina contra a Covid-19, em Campo Grande, o deixou frustrado.

Segundo ele, a informação chegou na noite do dia anterior, quando soube que o Instituto Butantan não conseguirá entregar 9,3 milhões de doses para os 27 estados da federação, entregando apenas um terço do quantitativo.

Com isso, a secretaria do estado fará uma nova programação. “Isso vai fazer com que nós tenhamos que fazer toda uma reprogramação na expectativa que tínhamos de receber essas 93 mil doses de vacinas que dariam inclusive para dar um impulso maior no processo de imunização aqui no Mato Grosso do Sul”, explicou.

Ainda conforme o secretário, a intenção é, nos próximos dias, contemplar idosos acima de 80 anos e agora também incorporar os ribeirinhos e as comunidades quilombolas. “Nós entendemos ser de fundamental importância a imunização dessas comunidades para que a gente cumpra aquilo que preceitua o plano nacional de imunização”, disse.

Conforme Resende, será encaminhada uma única dose. “Esperamos que tenha, daqui pra frente, uma certa regularidade nas vacinas encaminhadas, já temos a previsão de que a vacina da Astrazeneca que é produzida no Rio de Janeiro, na Fiocruz, estará disponível a partir do início de março, então, com isso, nós podemos fazer a primeira dose dessas vacinas que chegarem na próxima semana e a partir dos 28 dias que preceitua a bula dessas vacinas entre a primeira e segunda do instituto Butantan, nós possamos receber o quantitativo para fazer a segunda dose”, ressaltou.

Para o próximo mês, o secretário fala que ainda não houve mudança do cronograma. “Esperamos que ele continue, porque a grande quantitativa que estava sendo apontada para março é da vacina Astrazeneca, mas temos uma situação que acho especifica do Mato Grosso do Sul, a qual estamos fazendo entendimentos para que doses de vacinas que estão em posse do município onde temos população indígena que não foram usadas, elas não podem ficar armazenadas enquanto a nossa população ainda clama e tem expectativa de ser vacinada. Nós estamos fazendo um entendimento com o ministério da saúde com o destino sanitário indígena para que nós passamos fazer o remanejamento dessas doses. Segundo a minha equipe, nós podemos ter 15 mil vacinas que darão para imunizar 7500 pessoas e logicamente a gente vai priorizar grupos de idosos se acaso conseguirmos fazer esse remanejamento”, comentou.

Após o período de Carnaval, Geraldo também faz um alerta e pede que as pessoas não se aglomerem. “Tivemos essa vivência e experiência, todas as vezes que tivemos feriados prolongados, nós temos 14 dias/21 dias depois desses feriados um aumento de cerca de 30/40% dos casos em MS, além de internações e de óbitos. Estamos aguardando com uma certa ansiedade que isso não aconteça, mais uma vez porque nós fizemos cobranças exaustivas para nossa gente para que não fizessem aglomerações e eu espero que a gente não tenha esse retrocesso da doença aqui”, finalizou.

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