Cemitério cava quase 6x mais no dia mais letal da pandemia

Com uma média de duas a três covas abertas por dia, cemitério Cruzeiro chegou a abrir 12 covas apenas nesta sexta-feira (26), dia mais letal da pandemia do coronavírus em Mato Grosso do Sul, com 70 mortes, 31 apenas em Campo Grande.

Um funcionário, que preferiu não se identificar, contou que devido a alta demanda da semana, eles estão se antecipando. 

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“Geralmente a gente cava de duas a três por dia, mas como essa semana recebemos muitas ligações, já estamos nos preparando”. 

Apesar da perspectiva, apenas um velório aconteceu no local hoje. 

Drama em UPAs e hospitais

Nesta sexta-feira (26), Mato Grosso do Sul tem 161 pessoas à espera de um leito hospitalar para tratar a Covid-19. São pessoas com dificuldades respiratórias em sua maioria, que não têm acesso a oxigênio para suprir a falta de ar causada pela ação do coronavírus.

O boletim desta sexta-feira também trouxe novos recordes: o maior número de infecções no ano: 1.527 novos casos (399 em Campo Grande) e 70 mortes em todo o Estado.

A cinco dias do fim, o mês de março já é, de longe, o mais letal da pandemia: 686 pessoas morreram desde o dia 1º em Mato Grosso do Sul.

São 1.144 pessoas hospitalizadas com Covid-19 no Estado, dentre as quais, 488 em unidades de tratamento intensivo (UTIs), normalmente sedadas ou intubadas.

Campo Grande também teve seu dia com o maior número de mortos: 31. Todos os leitos hospitalares que essas pessoas ocupavam, porém, já estão ocupados por outras pessoas que estavam na fila por uma UTI, reflexo da alta demanda.

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