Caso Gael: mãe teve 4 internações por distúrbios mentais, diz família

A mãe do menino Gael, de 3 anos, encontrado morto, nesta segunda-feira (10), dentro do apartamento onde morava com a família, no bairro da Bela Vista, na região central de São Paulo, já foi internada quatro vezes por distúrbios mentais. A informação consta no B.O. (Boletim de Ocorrência) registrado na delegacia, confirmada pela tia-avó do garoto, que estava no apartamento da família, quando o menino morreu.

Maria Nanete de Freitas disse em depoimento na 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que os problemas psiquiáricos começaram quando a mãe do menino passou a tomar remédios para emagrecer. No entanto, ela negou ter conhecimento que a mulher passasse por algum tipo de tratamento atualmente.

A tia-avó do garoto à delegada de polícia que, por volta das 07h30 desta segunda-feira, ela deu mamadeira para Gael e os dois ficaram na sala assistindo televisão. Alguns minutos depois, Gael foi para a cozinha, onde estava a mãe. Maria permaneceu na sala e a irmã do menino, uma adolescente de 13 anos, estava no quarto.

Maria contou ainda que ouviu o menino chorar, mas pensou que ele queria o colo da mãe, como era comum. A tia-avó chamou a criança para voltar a assistir desenho, mas a mãe respondeu que o filho iria ficar na cozinha. Cinco minutos depois, ela escutou barulhos fortes de batidas na parede, mas achou que o som era de outro apartamento. Logo depois o menino parou de chorar.

Ainda de acordo com Maria, cerca de 10 a 15 minutos depois, ela ouviu o barulho de vidros estilhaçando. Ela foi até a cozinha e encontrou o menino no cão, coberto com uma toalha, em meio a uma poça de vômito. Depois, perguntou para a mãe o que tinha acontecido com Gael, mas a mulher, que parecia estar em estado de choque não disse uma única palavra.

 
Chegada de socorro

Os policiais militares foram acionados por moradores do prédio. Quando a equipe médica do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao apartamento, Gael estava em parada cardiorrespiratória.

A criança, que apresentava hematomas, morreu em casa, antes de ser levada ao pronto socorro da Santa Casa de São Paulo.

A mãe foi levada ao Hospital do Mandaqui, onde passará por uma avaliação psiquiátrica. Ela está sob escolta policial.

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