Orgulho santa-fé-sulense: Kaique Pettini Binatti é aprovado em seis Universidades Americanas

Com uma rotina intensa que chegou até doze horas de estudos por dia, Kaique sacrificou finais de semana de lazer com amigos e até mesmo com a família, com o intuito de tornar os dias e as horas mais produtivas, chegando a responder todos os testes das edições disponíveis na internet do ACT (American College Test), teste que equivale ao ENEM, na busca de conhecimentos.

O jovem estudante, filho de Santa Fé do Sul, abriu mão de prestar vestibulares nas faculdades brasileiras para alcançar seu objetivo de estudar em uma faculdade Americana e demonstrar que as oportunidades existem para toda e qualquer pessoa, e que, com foco e dedicação, independentemente das condições sociais e ou financeiras é possível chega lá. Kaique também quer ser um fator motivacional para os jovens que pretendem conquistar sonhos como os seus, e com viagem marcada para 15 de agosto, irá concretizar sua meta estudando em uma das mais importantes faculdades dos EUA, onde após percorrer um longo e exaustivo caminho de avaliações, disputando com mais de 49 mil inscritos, sendo aprovado e selecionado para cursar a Universidade de Miami e a concorrer a mais importante bolsa de estudos da instituição, a Bolsa Isaac Bashevis Singer, da qual foi um dos vencedores através de um concurso de redação conquistando uma bolsa de estudo integral. Kaique também foi aprovado em outras 5 universidades Americanas, e é sem dúvida um orgulho para a cidade de Santa Fé do Sul.

O site informamais entrevistou o jovem Kaique sobre sua honrosa conquista. Kaique foi aprovado em seis Universidades dos Estados Unidos.

Como foi sua preparação para conseguir tais aprovações? Quando começou?

Foi um longo processo em que determinação e vontade são chaves. Comecei oficialmente no final de 2020, onde vi que uma aplicação no exterior com bolsa, algo que era um desejo de infância, era possível se você se dedicar e tiver apoio. Comecei a montar minhas “extracurriculares,” que são tarefas fora da escola que você faz para melhorar a comunidade. Também comecei a estudar para provas, ou “vestibulares” americanos. Nessa etapa, me juntei à equipe de mentoria Iduk, que foi essencial para as minhas aprovações. Essa foi de longe o passo mais demorado, com muito estudo e noites sem dormir. Após isso veio os processos de fazer as redações e terminar de decidir a lista de colégios que eu aplicaria. Enfim, posso ficar o dia inteiro aqui falando do meu processo, mas essas foram as principais etapas que os aplicantes nos EUA têm que realizar.

Como é o vestibular nos Estados Unidos? É igual no Brasil? Quais as diferenças?

Existem dois “vestibulares americanos” O SAT e o ACT, que são muito semelhantes. Eu acabei por escolher o ACT, que tem uma nota máxima de 36. Nele, consegui uma nota de 35. Ambas as provas contém questões de Matemática, Gramática, Literatura e as duas possuem uma redação opcional. A diferença principal é que o ACT também tem questões de Ciências da Natureza, o que contribuiu para minha escolha. Diferentemente dos vestibulares Brasileiros, essas provas americanas não te fazem você ter que estudar todas as matérias que teve durante o ensino médio, é uma prova mais focada e objetiva.

Como as instituições avaliam o aluno nestes vestibulares?

Aqui, em vez de falar como eles avaliam nos vestibulares, irei discutir como eles avaliam o processo como um todo. Por se tratar de uma avaliação holística, ou seja, que é vista como um todo, o vestibular não é nem perto tão importante para eles como é para a gente. Lá, você é avaliado com base em suas conquistas, notas, redações, vida escolar e extracurricular, etc. O “vestibular” é apenas mais um desses métodos para ser avaliado. Por exemplo, é muito comum nas faculdades “Ivy Leagues” um aluno tirar nota máxima numa prova e mesmo assim ser rejeitado pela faculdade. Essas faculdades são as melhores do mundo, então elas querem os melhores alunos do mundo. Não é incomum ver um graduado de Harvard, por exemplo, ter palestrado internacionalmente como uma de suas extracurriculares. Essas atividades de impacto são muito importantes. Por esse motivo, os alunos se preparam normalmente durante os quatro anos do ensino médio para construir um currículo para impressionar as universidades de lá.

Durante o Período escolar, onde você estudou? E qual o peso dos ensinamentos que você obteve até o ensino médio, a escola e os professores?

Estudei quase minha vida inteira no Colégio Cecafe aqui de Santa Fé do Sul. Eles foram extremamente importantes não apenas para construir meu conhecimento desde que estava no jardim de infância, mas também em todo o processo de aplicação,  sempre estiveram junto comigo me apoiando, fornecendo documentos necessários, cartas de recomendações, etc.. por isso quero deixar um agradecimento especial, para a Linda a qual foi grande parceira, e em nome dela estendo a toda equipe de colaboradores, também  aos professores que tive oportunidade de aprender,  e em especial aos meus professores, Samuel e Hugo, bem como para Fernanda e Maria Alice, através das quais agradeço a toda a direção do colégio Cecafe, pois eles foram fundamentais nesse processo, quero mencionar aqui também a professora de redação Érica, já que foi através de redações que escrevi que me levaram a conquistar mais de R$ 2 milhões de reais em bolsas de estudo nas universidades que fui aprovado, inclusive uma que escrevi foi selecionada entre 49 mil aplicantes, me levando conquistar uma bolsa integral.

Passei também um ano em Boston, nos EUA, onde estudei em uma escola internacional. Lá consegui entender o processo um pouco melhor e definir os cursos que gostaria ou não de fazer na faculdade.

O que te motivou a estudar nos estados Unidos; qual curso você pretende concluir?

Desde quando era bem pequeno sempre gostei de conhecer novas culturas e de viajar. Isso me levou a um intercâmbio que realizei em 2018 para o Canadá. Após passar um mês lá, ficou claro que eu queria estudar no exterior. Então, no meu caso, basicamente se eu não tivesse ido essa primeira vez, eu não teria base suficiente e nem interesse o bastante para eu aplicar. Falando agora do curso, eu fui aceito como um aluno de economia. Porém, algo que é muito bacana nas faculdades americanas é que você pode trocar de curso nos primeiros dois anos. Então, se eu chegar lá e vir que economia não era o que eu queria, eu posso trocar para qualquer outro curso. Outra coisa muito interessante é que você pode fazer dois cursos de uma vez. Ou seja, você sai da faculdade com dois diplomas. Eu pretendo fazer também um curso da área de exatas, pois se graduar em exatas nos EUA te dá acesso a um visto de trabalho de três anos, que é essencial para alguém como eu, que espera poder ficar por lá depois da graduação.      

Você já decidiu em qual das universidades pretende se matricular?

Fui aceito em seis faculdades. A Trinity University, no Texas, três faculdades no estado da Pensilvânia, Franklin & Marshall college, Lafayette College e Villanova University, uma no estado de Ohio, Case Western Reserve e uma na Flórida, a University of Miami. Acabei escolhendo a Universidade de Miami, pela bolsa intregal que conquistei, outro fator determinante é que fui selecionado para um programa de honra que apenas os melhores são aprovados. Então, eu vou entrar para a faculdade já sendo tratado de uma forma diferente, tendo acesso a aulas e conselheiros que outros não irão ter, sem contar o campus maravilhoso, o clima parecido com o Brasileiro e a proximidade de nosso país.

Quando você vai se mudar para os EUA?

As aulas lá começam em época diferente do Brasil, no meio do ano. Irei me mudar, se tudo der certo, agora no dia 15 de Agosto.

Por fim, qual as suas considerações em relação ao apoio da família, pais, irmão e amigos nesta sua grande conquista?

Apoio da família é essencial para toda a grande conquista. Se aqui no Brasil ser aprovado no vestibular já é um processo que conta com muito apoio familiar, pois pode haver frustações, imagine um processo em que você é um dos poucos no país realizando, que sua família não estava esperando você tentar, que é muito incerto, pois pode não haver bolsas e nem aprovações, e que é tão único para você que você passa quase todo dia descobrindo uma coisa nova? São etapas que acredito que sem apoio, não conseguiria. Também quero agradecer a minha namorada Mirian, por estar do meu lado durante cada derrota e vitória de minha jornada.

Kaique Pettini Binatti       

Idade 19 anos

Pais: Adalberto da Cruz Binatti e Elyssandra Pettini Binatti

Irmão: Kauan Pettini Binatti

Natural de: Santa Fé do Sul/SP

Fonte: http://www.informamais.com.br/

Compartilhe essa notícia com seus amigos:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *