PARANAÍBA: CAPS comemorou o Dia de Luta Antimanicomial

O CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) realizou ontem, um encontro com seus pacientes para lembrar o dia 18 de maio, Dia de Luta Antimanicomial. Com o tema “Em casa, sim! Sem liberdade, nunca mais! Cuidar sim, excluir não! Por uma sociedade sem preconceitos”, na unidade houve um bate-papo bastante extrovertido com direito à música entre equipe e participantes.

 

A coordenadora da unidade, Katiuscia Cristina Freitas da Silva, salientou a importância dos serviços ofertados no CAPS, fez uma breve apresentação da evolução da luta antimanicomial e oportunizou uma roda de conversa através da Oficina Terapêutica junto da equipe multidisciplinar. Logo após, o Drº Calebe Monteiro Barbosa cantou e tocou para seus pacientes.

 

Katiuscia ressaltou que o objetivo da Luta Antimanicomial é a promoção de uma cultura de tratamento visando a reinserção social para as pessoas com sofrimento em transtornos mental, bem como dependentes químicos. “Ou seja, ofertar outro tratamento substitutivo às internações psiquiátricas, que antigamente eram vistas como primeira opção, com êxito e sem exclusão do paciente, colocando-o no convívio familiar e exercendo o direito de cidadania”, completou.

 

O movimento surgiu em 1987 quando teve um congresso dos trabalhadores de saúde mental em Baurú-SP, surgindo um slogan “Uma sociedade sem manicômio” e com isso veio disseminando por todos os Estados brasileiros. “Antigamente os hospitais eram hospitais que tratavam os pacientes de forma desumana, o espaço físico era inadequado, inapropriado e insalubre; hoje, 40 anos depois deste movimento, os hospitais se reestruturam, passaram por diversas adequações e podem ofertar um atendimento com estrutura física, digna e de qualidade, sendo um período de internação breve, de 30 a 60 dias, e não mais aquele período de internação longo, de 2 anos, 10 anos ou por uma vida inteira como era antigamente”, falou.

 

No Estado de Mato Grosso do Sul existem dois hospitais psiquiátricos, um em Campo Grande e outro em Paranaíba, que estão readequados a essa demanda, tratamento e atendimento de qualidade. Além disso, os CAPS são considerados “carro forte da reforma psiquiátrica”, pois veio como uma alternativa de tratamento de primeira opção. “Os pacientes da saúde mental, pacientes da dependência química, antes de se pensar como primeira escolha uma internação em hospitais psiquiátricos, a gente tenta de forma ambulatorial de portas abertas um tratamento no CAPS em suas diversas modalidades, e, quando esgotadas todas as tentativas, em um momento de crise que requer um período breve a gente encaminha para as internações”, explicou a coordenadora.

 

Faz parte do objetivo do Caps: promover a reinserção social e mudança sociocultural no que se refere à desmistificação da “loucura” e uma maior tolerância com as diferenças; oferecer atendimento terapêutico com equipe de multiprofissionais; acolher os pacientes com transtornos mentais e/ou e uso nocivo de álcool e outras drogas e estimular a integração familiar e social, apoiando em suas iniciativas de busca de autonomia, através de atividades sociais e educacionais.

 

O Caps- 1 atende de segunda a sexta-feira, das 6h às 16h, e o telefone para contato é o : (67) 3669-0075.

 

DECOM

Luana Chaves
Fotos: Divulgação

 

 

CAPS comemorou o Dia de Luta Antimanicomial
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